Qual a diferença entre Imunoterapia, Quimioterapia e Terapia-alvo?

Postado em: 08/05/2023

A escolha das terapias mais indicadas para cada caso de câncer é um processo baseado em fatores como o tipo e estágio da doença, características genéticas e condição do paciente. No conteúdo de hoje você vai entender as diferenças entre Imunoterapia, Quimioterapia e Terapia-alvo, assim como suas indicações mais comuns. Continue sua leitura e saiba mais!

Imunoterapia, Quimioterapia e Terapia-alvo?

Qual a diferença entre imunoterapia, quimioterapia e terapia-alvo?

A imunoterapia, a quimioterapia e a terapia-alvo são abordagens diferentes para o tratamento do câncer, cada uma com seu próprio mecanismo de ação e aplicação específica. Vamos explorar as diferenças entre essas três formas de terapia:

Imunoterapia

A imunoterapia é um tipo de tratamento que estimula o sistema imunológico do corpo a reconhecer e combater as células cancerígenas. Ela envolve o uso de substâncias, como anticorpos monoclonais ou citocinas, para fortalecer a resposta imunológica contra o câncer. 

A imunoterapia pode ajudar a aumentar a atividade das células imunológicas, bloquear as proteínas que impedem a resposta imunológica ou ainda introduzir células imunes modificadas geneticamente no organismo. Ela pode ser eficaz em alguns tipos de câncer, especialmente aqueles que têm baixa resposta à quimioterapia convencional. 

No entanto, nem todos os pacientes respondem igualmente bem à imunoterapia, e pode haver efeitos colaterais associados ao tratamento.

Quimioterapia

A quimioterapia é um tratamento amplamente utilizado para combater o câncer. Ela consiste no uso de medicamentos quimioterápicos para destruir as células cancerígenas ou impedir seu crescimento e divisão. 

A quimioterapia pode ser administrada por via oral, injetável ou intravenosa e, em geral, afeta tanto as células cancerígenas quanto as células saudáveis que se dividem rapidamente, como as células sanguíneas e as células do revestimento do trato gastrointestinal. Isso pode resultar em efeitos colaterais, como náuseas, queda de cabelo e fadiga. 

A quimioterapia é frequentemente utilizada em combinação com outros tratamentos, como cirurgia e radioterapia.

Terapia-alvo

A terapia-alvo é um tipo de tratamento que se concentra em alvos moleculares específicos presentes nas células cancerígenas. Ao contrário da quimioterapia convencional, que afeta tanto as células saudáveis quanto as cancerígenas, a terapia-alvo busca inibir ou bloquear os processos específicos que impulsionam o crescimento e a sobrevivência das células cancerígenas. Isso é feito usando medicamentos que são projetados para interagir com esses alvos moleculares específicos. 

A terapia-alvo pode ser mais direcionada e menos tóxica para as células saudáveis do que a quimioterapia tradicional. No entanto, ela só é eficaz em pacientes cujos tumores possuem os alvos moleculares específicos que o medicamento pode atingir.

Como saber quais as terapias mais indicadas para cada paciente?

A determinação das terapias mais indicadas para cada caso de câncer é um processo complexo e individualizado, que envolve uma avaliação abrangente do paciente e de seu tumor. Aqui estão alguns dos principais aspectos considerados nessa definição:

  • Tipo e estágio do câncer: É essencial identificar o tipo específico de câncer que o paciente possui, bem como o estágio em que se encontra. Isso pode envolver exames de diagnóstico, como biópsias, imagens médicas e análises laboratoriais. Diferentes tipos de câncer respondem de maneira distinta aos tratamentos, portanto, é importante considerar essa informação ao decidir a abordagem terapêutica mais adequada;
  • Características genéticas: O perfil genético do tumor pode ser analisado para identificar marcadores moleculares específicos que influenciam o crescimento e a progressão do câncer. Essa informação é especialmente relevante para a terapia-alvo, pois pode ajudar a determinar se o paciente é elegível para tratamentos direcionados a alvos moleculares específicos;
  • Condição geral do paciente: A saúde geral do paciente desempenha um papel importante na escolha do tratamento. As condições médicas preexistentes, como doenças cardíacas, pulmonares ou renais, podem limitar certas opções terapêuticas. Além disso, a idade e as preferências do paciente também são consideradas, pois podem afetar a tolerância aos tratamentos e a qualidade de vida durante o processo;
  • Tratamentos anteriores: Se o paciente já recebeu algum tipo de tratamento para o câncer, como cirurgia, quimioterapia ou radioterapia, isso pode influenciar as opções terapêuticas subsequentes. É necessário avaliar como as terapias prévias afetaram o tumor e considerar se outras abordagens são necessárias ou se é possível ajustar o plano de tratamento;
  • Recomendações baseadas em evidências: A decisão terapêutica também é apoiada por diretrizes e estudos clínicos que fornecem informações sobre a eficácia e segurança de diferentes opções de tratamento. As recomendações baseadas em evidências científicas ajudam os médicos a tomar decisões informadas e a oferecer os melhores cuidados possíveis ao paciente.

É importante ressaltar que a escolha do tratamento ideal é feita em conjunto entre o paciente e a equipe médica. As opções terapêuticas são discutidas, os benefícios e riscos de cada abordagem são explicados e as preferências e metas individuais do paciente são consideradas.

Agora você conhece a diferença entre “IMUNOTERAPIA, QUIMIOTERAPIA E TERAPIA-ALVO”, sabendo que a definição da abordagem mais adequada é um processo personalizado, que leva em consideração uma série de aspectos individuais. 

Esperamos que o conteúdo tenha ajudado. Para conversar com mais detalhes sobre esse assunto, não deixe de agendar uma consulta com a Dra. Aneska!

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